Vivemos num hospital.

Bom dia, irmãos.
A imagem ao lado é do filme k-PAX, quando todos doentes mentais olham da janela do hospital(presos não só lá como em si mesmos), vendo o pássaro azul lá fora.

Peço por gentileza que se possível só leiam o texto abaixo ouvindo essa canção abaixo, para que entrem na sintonia que tentei expressar nas experiências que tive:

 

No domingo de ontem quase de noitinha resolvi rever o lindo filme K-PAX. Ele sempre nos faz refletir.
Eu vou fazer alguns comentários sobre ele em breve em vídeo, pois tem passagens nele que sempre mexem conosco.
O fato é que ali percebe-se claramente um reflexo de nós homens.

Este filme narra a história de “Prouth”.um homem que acredita ser oriundo de um planeta chamado K Pax.Um viajante do espaço, com uma missão a cumprir.

O filme começa na ferroviária de Manhattan, onde, tem-se início uma pequena confusão que acaba atraindo a atenção da polícia local; Prouth nada tem a ver com a confusão, mas, acaba chamando a atenção da polícia, a qual, imagina ser ele algum tipo de lunático; por esta razão, é encaminhado ao Instituto Psiquiátrico de Manhattan, onde vem a conhecer o Dr. Mark Power, chefe da clínica psiquiátrica daquele Instituto.

E ali ele mostra claramente o reflexo de como nós homens estamos.

Mas saindo um pouco do filme e entrando em nós homens.

Antes de adormecer eu tive uma leve discussão com minha esposa, por bobagens, coisas dessa energia de domingo.

Isso também me fez ficar em reflexão.

Logo após irmos dormir eu entrei em Catalepsia Projetiva.
Não sei por quanto tempo fiquei ali em catalepsia quando resolvi me afastar do corpo.

Fui até a porta e vi o corpo de Natália(esposa) e o meu deitados. Fiquei observando por um momento e pensando em como somos presos. Isso é queira ou não uma prisão temporária, mas será mesmo que a verdadeira prisão é a do corpo? Ou será que somos nós que ainda estamos presos?

Afaste-me do corpo e mal consegui sair do quarto e fui puxado novamente.

Abri os olhos no corpo mas o sono estava muito forte e acabei adormecendo, mas dessa vez totalmente inconsciente.

O despertador do meu relógio toca às 5:45 e por isso sei que isso aconteceu por volta das 5:30, comecei a ouvir uma voz falar para mim, só que não me dei conta. Ela falava e era meio que hipnótica:

• Nesse lugar todos estão doentes, de algum jeito todos são doentes.
• Uns doentes pelo adormecimento material, mal conseguem olhar ao seu redor, mal conseguem observar que ao lado deles um mundo surge.
• Uns doentes pelo orgulho.
• Outros pela Vaidade.
• Além do aprisionamento no corpo, além do aprisionamento nessa dimensão, a verdadeira prisão está na forma de enxergar as coisas.

E era um discurso que parecia estar bem no meu ouvido, falou por vários minutos, de todo tipo de aprisionamento que temos.

E foi quando percebi, me dei conta do que acontecia e abri os olhos e a voz sumiu de vez!

Sei que normalmente os mentores ou espíritos usam esse momento para passar informações, mas se foi meu subconsciente também não faz diferença.

A verdade é que abri os olhos e poucos minutos depois minha música calma despertou às 5:45 no celular.
Se foi meu subconsciente ou não, sabia exatamente daquele horário e acertou os momentos que antecediam a hora de acordar.

Sentei na cama e pude ver pela janela os prédios e os carros se movimentando já tão cedo.
E passei a mente ao redor de minha vida, como um radar.
E pude ver como em mim mesmo haviam tantos aprisionamentos.
Tantas visões e situações que nos fazem ficar mais presos nessa freqüência.
E realmente, estamos num hospital.
Ao olhar cada personalidade vemos defeitos de todo o tipo.

Por vezes me sinto como numa jaula, mesmo conseguindo às vezes sair do corpo, talvez isso só mostre mais claramente isso.
Não sei informar se a jaula é a dimensão e o corpo físico que vivemos, ou se é a nossa consciência e a forma cheia de prisões que carregamos, ou se tudo isso junto.

O fato é que me sinto EXTREMAMENTE adormecido em mim mesmo, e pergunto-me nesse momento:

Como posso melhorar minha liberdade agora?

Não estou falando em sair do corpo, nem em depois dessa vida, estou falando agora.

Até porque, o nível de consciência que normalmente atingimos fora do corpo também é pequeno.

Acho que todos nós deveríamos nos perguntar:

• Como posso acordar?
• Como posso olhar a vida por outro ângulo, senão os que nos prendem?
• Como posso fazer para equilibrar a verdadeira lucidez enquanto pessoa por aqui?
• Como posso compreender mais a todos e a mim mesmo?
• Como posso aprender a respeitar cada um, sem julgar e querer transformá-los?
• Como posso perceber que se tem algo que posso fazer (e de forma muito frágil), é melhorar o que sou primeiramente?

E aí olho para o céu e pergunto:

Será que mais alguém lá fora pensa assim ou consegue captar que aqui estou pensando isso, que estou vibrando?

Quantas pessoas pensam assim por aí?

Será que há tanta gente adormecia assim mesmo?

A resposta vem firme:

SIM!

Hoje de manhã alguma coisa(ou eu mesmo) ao lado da minha cama avisou:

Você não está sozinho, mas está num hospital, tenha paciência contigo e com todos!

Significa que algo percebeu o que sentia.

E a nossa medicação é aprendermos a viver uns com os outros e compreendermos o momento de cada um.

Se tem uma coisa que precisamos é de paciência e atenção para o que cada um é, pois é só olharmos profundamente que veremos cada paciente desse planeta e as suas Viagens Internas

Tal como aquela criança que não desenvolveu ainda o cérebro a ponto de a olharmos como adultos.

E onde fica a lucidez?

Bem…

A verdadeira lucidez, ou aquela que pode nos libertar de nós mesmos e nos levar para um planetinha melhor, não está em K-PAX ou em lugar algum, mas láaaaa no fundo da gente mesmo.

Bom dia, caro companheiro internado!

Internados estamos nessa dimensão.

Internados estamos nesse corpo…

Internados estamos em nós mesmos…

Procurando em algum lugar, o pássaro azul da liberdade interna.

Paz e lucidez,

 

Saulo