Há um elemento que me parece que você não percebeu nisso:
Parapsiquismo é apenas uma habilidade. O que cada um faz com sua habilidade é o que define quem ali está sendo espiritual.
A finalidade da religião é o "religare", um conhecimento que deveria ajudar a humanidade a se reaproximar do Divino. Logo, ela tem função educativa em termos de qualidades que uma pessoa deveria buscar desenvolver para poder se aproximar desse Divino.
Habilidades parapsiquicas nunca tiveram essa finalidade, elas são como o aparelho de ressonância, o infravermelho ou o microscópio, para o cientista. Ou seja, são meras extensões dos 5 sentidos, algo para captar informacao sobre o mundo para poder compreender melhor como ele funciona.
Mas nem o microscópio nem a clarividência darão a quem os possui um pingo de melhoria espiritual, não os tornarão pessoas melhores. Porém alguém que se desenvolve internamente como ser humano, caso tenha acesso a mais sentidos, terá ferramentas para fazer o bem com maior alcance. Só que a ferramemta em si não trará com ela as virtudes da alma necessárias ao religare.
Por isso acho que não tem como o parapsiquismo substituir a religião porque o parapsiquismo é como a ciência, é um tanto " materialista", conclui apenas pelos dados coletados pelos sentidos, sejam 5 ou 12. A compreensao das verdades espirituais precisa um tipo mais abstrato de percepcao, que poderiamos chamar talvez de intuicão.
O parapsiquismo é frio, o sentimento religioso é transcendente, lida com inspiração. É como você comparar e leitura de uma bula de remedio com a leitura de uma fábula ou um mito grego. A bula te informa concretamente mas não te inspira, a fábula ou o mito te fazem compreender verdades sutis que você talvez passe a vida ruminando e extraindo novas percepcões.
Portanto acho que a religião sempre terá seu lugar, mas ela precisa sim ser renovada de tempos em tempos, readequando seia ensinamentos ao que se descobre do mundo espiritual a partir do parapsiquismo DE PESSOAS ESPORITUALIZADAS VERDADEIRAMENTE, não de meros sujeitos habilidosos no uso de sentidos sutis, porque esses podem enxergar muito mas compreender muito pouco, o que lhes tira a capacidade de ensinar, inspirar, educar o ser humano para que se torne melhor. E essa é a meta afinal de contas, não é saber quantas " pétalas" realente tem cada chackra.