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Somos todos Um?


Ashram

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na senda espiritualista , muitas pessoas usam um lema de unicidade: Somos todos Um.

Mas será que é sempre assim? Enquanto estamos no planeta Terra, nos misturamos com todo tipo de Ser, os bons e maus, e parece que é complicado abrir os braços e aceitar as personalidades más intencionadas.  Todos nós temos um Ego, e infelizmente a mentalidade do planeta não é de amar o próximo; quem pisar no calo de alguém, será mal visto ou combatido.

 

Então, por causa da nossa personalidade e maneiras de pensar diferente , não seria impossível estender as mãos para qualquer um, existe a necessidade de se isolar das más energias e companhias.  Até mesmo quando alguém morre vai se encontrar com consciências parecidas com ele(a), os seus semelhantes.  Dai fico pensando, se encontrar com pessoas parecidas e em condições felizes, ficaria mais fácil dizer que somos todos um.  

Aprendi no espiritismo que há dois polos, espíritos simpáticos e os antipáticos. É bastante difícil ficar próximo , fisico ou espiritualmente, dos irmãos antipáticos.

Talvez um místico ou mestre ascencionado que se despiu dos Egos Terrestres , possa dizer sem medo de errar : Somos todos Um!

Queria que alguns web usuários participasse dessa questão. Abs.

 

 

 

 

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Muito boa a questão 🖖

 

Vamos falar um pouco dos mitos antigos de vários povos e a visão moderna da ciência...

Nos mitos gregos já víamos os deuses destruindo uns aos outros, cada um querendo ser mais esperto do que o outro... vide os mitos africanos como Esu enganou Oxalá antes da criação do mundo...

Desde a minúscula ameba correndo atrás de outro micróbio para fagocitalo, até um felino na savana correndo 120km/hr atrás de um mamífero herbívoro para devoralo... 

A conclusão mais óbvia é que a própria Natureza tem esse seu lado Predatório. "A Lei do mais Forte"...

Desde o primeiro átomo depois do Big Bang, até a última estrela parar de queimar hidrogênio... A Lei da Entropia reina soberana sobre todos os sistemas.

O Universo tem essas facetas que fere a nossa natureza humana....

Nossos corpos são feitos da poeira das estrelas. Esses átomos que constrói os seres vivos que nós amamos foram forjados no interior de uma estrela...

Nossos corpos como extensão ferramenta da nossa consciência tem essa natureza em comum com o Universo.

 

E a nossa consciência existe além da matéria? Ela é pré-existente ao Universo? Ao Big Bang?

 

Sistemas biológicos de Coméia

Além das abelhas, cupins, vespas, formigas essa mentalidade de Coméia também é comum nos sistemas cognitivo humano. Além de herdar o conhecimento dos nossos ancestrais pelo nossos genes, herdamos a cultura e o inconsciente coletivo humano. A Individualidade é conquistada. Nós humanos somos mais do que todo esse complexo biopsicossocial. 

O que os mitos dizem sobre a nossa Individualidade? Uma das culturas mais antigas do vale de Harappa atual Índia, antes mesmo dos Arianos aparecerem por lá já existia uma cultura avançada que hoje em dia é conhecida pelos seus herdeiros: os Jainistas! Em seus mitos e filosofia somos seres eternos e individuais. Nunca fomos criados. Outras mitologias e filosofia indianas já dizem o contrário que somos uma centelha de um deus absoluto. Ou seja temos dependência desse ser supremo. O oceano e suas gotas compartilham a mesma natureza... o famoso Somos todos Um...

Ao meu ver isso pode ser um paradoxo, pois ao mesmo tempo que possuímos uma natureza em comum com os outros seres ou existência universal, também possuímos uma individualidade consciencial. 

Uma frase que alguns seres me disseram foi:

"Tudo Somos, somos Tudo". 

 

Eu prefiro ver a realidade como uma pluralidade de consciências e individualidades. Mesmo que em certos níveis possuamos características em comum. Mas na essência vejo que somos únicos e individuais. 

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Eu ainda não estudei afundo alguns sistemas de projeção da consciência, entretanto a maioria dizem existir seres predadores em outros planos ou realidades... nós consciências humanizadas aparentemente estamos no cardápio desses predadores... Talvez o que nos vincula a uma natureza e consciência em comum é a nossa humanização, o nascer e viver e morrer nesse planeta usando esses corpos de homo sapiens. 

Já outras consciências alienígenas talvez nem tenha ideia do que é ser humano. Escutar uma música, sentir alegria, raiva, ciúmes, fazer poesia. Fazer artes... a nossa dualidade humana é o pega mesmo no nosso pé. A mesma espécie que mata e destrói e a mesma que cura e salva.

Eu pelo menos estou torcendo pra nós humanos darmos certos. Já cansei de torcer por um meteoro ou apocalipse chegar. Somente bato palmas e admiro os bons humanos e atos bons.

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Essas coisas dependem do seu nível de funciinamento. Dois irmãos são irmãos no nível de funcionamemto familiar. Mas se ambos sao praticantes de algum esporte de luta, no nível da prática de luta podem acabar competindo, e aí são adversários, e tá tudo bem. 

Mas se ESQUECEM que são irmãos, podem deixar de ser adversários para se tornarem inimigos. Mesmo lutadores que não são irmãos conseguem evitar cair nesse erro.

https://www.youtube.com/watch?v=8z93htxOzRs

Nossa unidade é na origem espiritual  já que somos todos desdobramentos da Fonte universal,.como sementes de uma árvore. Lembrarmos disso podd evitar aumentar os problemas que a ilusao da separatividade já produz no nivel em que precisamos nos manifestar. Tipo... se o Leão não comer a zebra porque se sente uno a ela, complica né? Então algum nível de exigência será inerente à forma de expressão que adotamos  no plano de manifestação que habitamos. A idéia é pelo menos evitar aumentar as complicações causadas. Soldados convocados para uma guerra precisam matar para se defender, ou defender seu territorio. Mas isso não os obriga a considerar o outro espirito ali encarnado como um  inimigo além do mínimo necessário, sã apenas trabalhadores fazendo seu trabalho em campos adversarios, se um deles é aprisionado ou mesmo morto, acaba ali o atrito. Mas se esquecem disso, a.coisa pode se tornar obsessão espiritual que vai gerar perseguição entre eles mesmo séculos depois dessa guerra já ter acabado. 

Acho que é meio por aí que devemos pensar. 

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Eu acho que isso é uma questão de escala @Ashram. Pela ótica que você aborda o tema, suas descrições estão numa escala muito micro onde fica mesmo difícil se ver como parte de um todo maior e único. Pra você conseguir observar essa coisa do "somos todos um" de um ponto de vista racional, você precisa buscar uma visão mais macro que não esteja limitada pelas necessidades e efeitos do ego. É semelhante ao uso do site do google maps, se você der um zoom out, vai enxergar apenas continentes e países e não verá ruas isoladas como num zoom in. Se fosse possível dar um zoom out num nível ainda maior, não veria nem os continentes e países mas apenas um planeta.

Ainda do ponto de vista puramente racional, e apenas levando em conta toda a teoria espiritualista, a consciência não é o ego que a restringe e só a consciência é eterna, o ego não. O que te impede de perceber essa unicidade do todo é uma maior identificação com o ego.

De um ponto de vista mais intuitivo, é possível desenvolver um certo "nível de percepção" que te permite ter maior consciência desta unicidade. Por meio de práticas meditativas, se pode alcançar estados de consciência onde é possível se perceber de forma mais clara como parte de um todo com menor influência das restrições do ego e, nestes casos, pode-se obter certos "insights" que lhe podem expandir a compreensão deste tema.

Quando vamos para as escolas estudar, notamos que as matérias são divididas em domínios distintos para que se fique mais fácil a compreensão dos estudos. É a estratégia do "dividir para conquistar". Mas conforme você vai se aprofundando, começa a perceber que a divisão entre as diversas matérias é feita apenas para facilitar a compreensão pois os limites entre uma matéria e outra são muito mais sutis do que parecem a uma primeira vista. Na verdade, as divisões são só convenções humanas porque tudo é ciência e é uma coisa só.

Da mesma forma, entender o conceito de "somos todos um" não nos impede de observar as possibilidades que o conceito de "individualidade" também nos proporciona. Não é necessário abandonar um em detrimento do outro. Tudo faz parte de um mesmo sistema.

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Em 20/09/2023 at 15:10, Iogui disse:

Da mesma forma, entender o conceito de "somos todos um" não nos impede de observar as possibilidades que o conceito de "individualidade" também nos proporciona. Não é necessário abandonar um em detrimento do outro. Tudo faz parte de um mesmo sistema.

oi cara, não posso constatar ainda que essa frase tem sentido, pode ser que sim, mas ainda estou sem a essência original que consegue enxergar essa Unicidade.

Todos nós nos relacionamos com nossos afins, e assim fica fácil se relacionar. Mas nem todo mundo consegue conexão fácil , ou talvez seja impossível se conectar com qualquer encarnado vivente em sociedade.  Nesse sentido, preservar nossa individualidade para não ser fisgado energeticamente tem grande importância.  

Talvez um mestre desperto consiga ver como isso (Somos Todos um) como apenas Um (unicidade), mas para isso ele subiu nas graduações que levam ao Divino.

 

 

 

 

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21 horas atrás, Ashram disse:

oi cara, não posso constatar ainda que essa frase tem sentido, pode ser que sim, mas ainda estou sem a essência original que consegue enxergar essa Unicidade.

Todos nós nos relacionamos com nossos afins, e assim fica fácil se relacionar. Mas nem todo mundo consegue conexão fácil , ou talvez seja impossível se conectar com qualquer encarnado vivente em sociedade.  Nesse sentido, preservar nossa individualidade para não ser fisgado energeticamente tem grande importância.  

Talvez um mestre desperto consiga ver como isso (Somos Todos um) como apenas Um (unicidade), mas para isso ele subiu nas graduações que levam ao Divino.

 

 

 

 

Creio que viemos da essência divina do todo. Mas o que ocorre e que é díficil se sentir integrado ou enxergar o somos todos um num mundo onde as ações da maioria ainda é egoísta e sem empatia com o próximo e com a gente.  Na prática o que se vê é um emaranhado de consciencias vindas do todo e interagindo individualmente sem união. Como se o somos todos um seja so referente a origem.

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22 horas atrás, Ashram disse:

oi cara, não posso constatar ainda que essa frase tem sentido, pode ser que sim, mas ainda estou sem a essência original que consegue enxergar essa Unicidade.

Todos nós nos relacionamos com nossos afins, e assim fica fácil se relacionar. Mas nem todo mundo consegue conexão fácil , ou talvez seja impossível se conectar com qualquer encarnado vivente em sociedade.  Nesse sentido, preservar nossa individualidade para não ser fisgado energeticamente tem grande importância.  

Talvez um mestre desperto consiga ver como isso (Somos Todos um) como apenas Um (unicidade), mas para isso ele subiu nas graduações que levam ao Divino.

 

1 hora atrás, Mic disse:

Creio que viemos da essência divina do todo. Mas o que ocorre e que é díficil se sentir integrado ou enxergar o somos todos um num mundo onde as ações da maioria ainda é egoísta e sem empatia com o próximo e com a gente.  Na prática o que se vê é um emaranhado de consciencias vindas do todo e interagindo individualmente sem união. Como se o somos todos um seja so referente a origem.

Na verdade, nossa interligação com o todo não está só na nossa origem, ela é onipresente.

Eu sei que é difícil de entender isso sem ter vivido alguma experiência que nos traga pelo menos um vislumbre dessa realidade. E isso acontece porque ainda somos muito primitivos. As vontades e automatismos do nosso ego são ainda muito intensas no nosso presente momento evolutivo e ainda temos dificuldade em perceber o verdadeiro amor que une todas as coisas. Na nossa pequenez, costumamos confundir amor com paixão mas o amor é muito mais que isso. O amor é a coisa que verdadeiramente sustenta a existência de todas as coisas. Mas é preciso uma certa sutilização pra chegar nesse nível de percepção. Entretanto, uma vez que se alcance o menor vislumbre disso, é possível, mesmo que por intuição, chegar a constatação de que o "somos todos um" é uma verdade muito maior do que simplesmente a nossa origem. É a nossa origem sim mas é também aquilo que verdadeiramente mantém tudo coeso e sustenta o universo tal qual ele se apresenta. 

Entretanto, mesmo que vocês não se vejam capazes ou mesmos dispostos a acreditar nisso, não tendo vivenciado tal coisa. Ainda assim, acredito que seja possível entender de forma puramente racional a ideia por trás do "somos todos um".

Para ajudar nessa reflexão, vou tentar disponibilizar aqui o scan de três páginas do livro Autobiografia de um Iogue do Paramahansa Yogananda. Trata-se do início do capítulo 14 onde o Yogananda narra uma experiência em consciência cósmica que lhe foi propiciada por seu mestre por meio de Shaktipat. Eu não posso afirmar com certeza mas acredito que esse tipo de experiência aconteça em corpo mental onde é mais fácil compreender que os limites de uma consciência com tudo aquilo que a cercam são, na verdade, muito mais sutis do que realmente percebemos enquanto estamos aqui tão rudemente identificados com a matéria física.

Peço que me perdoem pela qualidade das imagens porque algumas partes ficaram um pouco borradas, mas acho que, com um pouco de esforço, dá pra ler:

yogananda_autobiografia-capitulo-14_pag158.thumb.jpg.7ed6c638921c49be91d24595c0ad12b4.jpgyogananda_autobiografia-capitulo-14_pag159.thumb.jpg.5001b758a80317e1a7db788a1c1e84b4.jpg

 

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Não consegui fazer upload do arquivo da terceira página, mas vou copiar aqui:

 

Citar

Todos os objetos dentro de meu olhar panorâmico tremiam e vibravam
como rápidos filmes cinematográficos. Meu corpo, o corpo de meu Mestre, o
pátio com suas colunas, a mobília, o assoalho, as árvores e a luz do sol,
tornavam-se, de vez em quanto, violentamente agitados até que tudo se
fundia num mar luminescente, assim como os cristais de açúcar,
mergulhados num copo de água, diluem-se depois de serem sacudidos. A
luz unificadora alternava-se com materializações de forma e as
metamorfoses revelavam a lei de causa e efeito na criação.

Uma alegria oceânica rebentava nas praias serenamente intermináveis
de minha alma. Atingi a realização de que o Espírito de Deus é Beatitude
inesgotável; Seu corpo compreende incontáveis tecidos de luz. Um
sentimento de glória crescente dentro de mim começou a envolver cidades,
continentes, o planeta, os sistemas solares e as constelações, as tênues
nebulosas e os universos flutuantes. O cosmo inteiro, suavemente luminoso,
semelhante a uma cidade vista de alguma distância à noite, cintilava dentro
da infinidade de meu ser, Para além de seus contornos definidos, a luz
ofuscante empalidecia ligeiramente nos confins mais longínquos; ali eu via
uma radiação branda, nunca diminuía. Era indescritivelmente sutil; as figuras
dos planetas constituíam-se de uma luz mais densa.

Os raios luminosos dispersavam-se oriundos de uma Fonte Perpétua,
resplandecendo em galáxias, transfiguradas com auras inefáveis, Vi,
repetidas vezes, os fachos criadores condensarem-se em constelações e
depois dissolverem-se em lençóis de transparente chama. Por reversão
rítmica, sextilhões de mundos transformavam-se em brilho diáfano e, em
seguida, o fogo se convertia em firmamento.

Conheci o centro do empíreo como um ponto de percepção intuitiva em
meu coração. Esplendor irradiante partia de meu núcleo para cada parte da
estrutura universal. O beatífico amrita, néctar da imortalidade, corria através
de mim, com fluidez de mercúrio. Ouvi ressoar a voz criadora de Deus,
AUM , a vibração do Motor Cósmico.

De súbito, a respiração voltou aos seus pulmões. Com desaponta-
mento quase insuportável, constatei que havia perdido minha infinita
vastidão. Mais uma vez me limitava à jaula humilhante do corpo, tão
desconfortável para o Espírito. Como filho pródigo, eu fugira de meu lar
macrocósmico e me encarcerara em um estreito microcosmo.

Meu guru continuava de pé, imóvel diante de mim; inclinei-me, no
intento de me prostrar a seus santos pés em gratidão por me haver
concedido a experiência da Consciência Cósmica que tão apaixonadamente
eu buscara. Mas ele me impediu e, retendo-me de pé, disse com
tranqüilidade:

Você não deve se embriagar com o êxtase. Muito trabalho ainda resta
para você fazer no mundo. Venha, vamos varrer o chão da sacada; depois
caminharemos ao longo do Ganges.

Fui buscar a vassoura; o Mestre, eu sabia, estava me ensinando o
segredo da vida equilibrada. A alma deve alargar-se sobre os abismos
cosmogônicos, enquanto o corpo executa seus deveres diários.

 

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Em 16/09/2023 at 21:01, Ashram disse:

Enquanto estamos no planeta Terra, nos misturamos com todo tipo de Ser, os bons e maus, e parece que é complicado abrir os braços e aceitar as personalidades más intencionadas.

Pense da seguinte forma:

Todo mundo tem defeitos e no nosso caminho de desenvolvimento, quando passamos a ter um mínimo de consciência, começamos a observar e perceber nossos próprios defeitos que se manifestam geralmente nos momentos de picos emocionais. Mas mesmos reconhecendo nossos próprios defeitos e, ainda sem conseguir dominá-los, somos capazes de nos amarmos compreendendo que não vamos nos tornar perfeitos do dia para a noite. Desta forma, conseguimos nos perdoar mesmo sabendo que ainda não conseguimos dominar completamente aquele defeito.

Da mesma forma, não é porque "somos todos um" que precisamos nos submeter àqueles que possuem má intenção ou nos forçar a estar na companhia daqueles que são maus. Nós podemos ter a consciência de que essas consciências também fazem parte do todo e, embora ainda estejam em condição evolutiva onde seus defeitos saltam à vista, dominando todos os seus instintos. Ainda assim, essas consciências fazem parte do todo e seus defeitos não são tudo o que elas são, apesar de assim nos parecer a uma primeira vista.

É preciso dar tempo ao tempo. Se você olhar dentro de uma perspectiva limitada de tempo, verá apenas naquele ser, o mal. Mas se você for capaz de ampliar a sua perspectiva em alguns séculos, verá que, provavelmente aquela consciência que parece má a sua vista, provavelmente não permanecerá assim.

Agora, enquanto essa consciência não atingir esse nível de evolução o suficiente que a possa separar dos ditos "maus", você não está errado em evitar o risco de estar ao alcance de suas maldades. Assim como é muito justo que evitemos as condições que mais facilmente nos fazem manifestarmos nossos defeitos enquanto conscientes de que ainda não os superamos. Desta forma, o alcoólatra deve evitar entrar num bar, o febril deve se abster do banho quente, e assim por diante.

Ou seja: o fato de reconhecermos que "somos todos um" não implica em sermos obrigados a abraçar com carinho o assaltante na rua visto que, assim o fazendo, estaríamos nos colocando em risco de tomar um tiro na cara ou uma facada no bucho. Não se deve confundir amor, consciência e compreensão com tolice. 

Somos todos um sim mas cada individualidade está no seu próprio caminho em direção à uma maior integração com o todo e tudo tem seu tempo de acontecer.

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Prezados!

Acredito que a questão está bem encaminhada, especialmente, quando @Iogui aponta | remete a sabedoria do venerável Yogananda (se seus ensinamentos ainda não tocaram sua alma, é uma jornada que recomendo efusivamente).

Para auxiliar no entendimento, minimizando a devida associação e maximização a didática, suponha que a comparação com água, sabão e bolhas é uma maneira interessante de representar essa noção.

Imagine por um momento a combinação de água e sabão. Com um simples sopro, nascem bolhas, cada uma tão única quanto as incontáveis estrelas no firmamento. Esta analogia serve para ilustrar uma ideia mais profunda. Tal como estas bolhas se originam da água e do sabão, todos nós, das bactérias aos seres humanos, das estrelas solitárias às vastas galáxias, emergimos de uma origem cósmica compartilhada - uma mistura sublime de energia e matéria.

A variação na vida é tão vasta quanto o universo. Bolhas, em sua efemeridade, podem durar um breve instante ou resistir ao teste do tempo, moldadas pela brisa, ambiente e sua própria integridade. De maneira similar, a vida, influenciada por genes, ambiente e uma infinidade de outras variáveis, dança seu próprio balé no palco do cosmos.

Da mesma forma que o destino de uma bolha pode ser ditado por onde ela flutua (efeito vizinhança), somos moldados pelo contexto em que nascemos, pelas culturas que nos abraçam e pelos caminhos que trilhamos.

Dessa perspectiva cósmica, por trás da individualidade aparente - sejam elas bolhas ou seres sencientes - percebemos uma conexão fundamental. Cada um de nós, apesar de nosso caminho distinto, é um eco da mesma sinfonia cósmica, ligado em uma dança universal que muitas vezes permanece além da nossa compreensão imediata.

Um fraterno abraço

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Responder não é difícil e muito menos passar uma visão de praxe comum seja esotérica, espiritual, religiosa... Difícil mesmo é tentar entender o porque de o nosso amigo fazer tais indagações ou perguntas e sinceras. Isso exige empatia e esforço da nossa parte. 

Observando racionalmente o nosso mundo, a natureza, é fácil ver uma harmonia ou ritmo natural dos planetas, estrelas, reações químicas, e todo um pulsar da vitalidade cósmica. Seja em ciclo de nascimento ou morte. Resumindo até um materialista pode enxergar essa Unidade no Todo. Igual nossas células constituindo o nosso corpo.

 

Mas a pergunta foi clara foi de ordem Ética, e como um Ser trata o outro e sua índole e etc...

 

Naturalmente vemos que não somos nós humanos a Fonte de comportamentos primitivos e violentos. Isso é fruto da própria evolução da natureza. Partindo do ponto que o Universo foi criado por uma consciência que planejou e ordenou as coisas do jeito que são, o que podemos chamar de mal do ponto de vista humano é fruto do Criador. Se Somos todos Um, quer dizer que até as partes podres e ruins fazem parte desse Todo. Seja luz ou sombra, mal e bem, dor ou prazer. Toda essa velha e tão conhecida Dualidade Cósmica. Dentro da Ética vemos que o denominador comum das boas relações é a nossa relação com os outros. O altruísmo ou egoísmo. A nossa própria Ética fere a nossa sensibilidade humana já que a própria Natureza usa de suas leis predatórias e a lei do mais forte pra reinar suprema. Ou seja o Império do Egoísmo. A Luta contra a Entropia Universal. Do Big Bang até o seu Fim a natureza luta pela própria sobrevivência como sistema organizado seja de um sistema solar, galático ou de um ecossistema biológico.

Então não adianta romantizar a Existência pois ela é feita de coisas ruins. Talvez o problema são as nossas crenças religiosas que crer em um Criador Perfeito. Pra alguém normal da cabeça é óbvio que essa existência não condiz com isso. Nem a evolução seria possível em um sistema perfeito. 

 

Minha visão pessoal baseada nas minhas experiências que julgo espirituais é essa:

Nós não fomos criados somos parte de uma existência eterna em perfeição e consciência. Puro amor e êxtase. Podemos chamar a Totalidade de Deus, Eterno, e etc. Essa existência perfeita não muda nunca é absoluta e eterna.

Entretando como somos uma parte menor desse todo temos a capacidade de emanar também toda essa perfeição. Mas como podemos interagir com as partes menores, podemos fazer jogos ou emanações criativas. Dando como que em Um infinito Eterno possue partes individuais que nunca se repete, cada uma dessa parte é Única e Perfeita ao seu modo.

Minha visão básica é que existe consciências eternas e individuais que na sua totalidade fazem parte de um Todo perfeito.

Entretando o desejo de Criar e Expressar a própria Individualidade necessita dessa emanação própria ou egoica. Assim creio que um mundo limitado de natureza Onírica é criado. Uns chamam de Maya, Outros Big Bang, Manifestação etc.

Eu vejo como um sonho.

 

Então o Sonho coletivo que estamos vivendo é exatamente esse Universo e Vida que temos. 

Deus ou a Eternidade não tem nada a haver com isso. E sim suas partes menores criando ou manipulando uma energia ou matéria primordial amorfa que toma forma conforme o gosto de cada consciência.

 

Ou seja a nossa própria Natureza está afunilada em um corpo provisório que limita a nossa Real Condição.

 

Muito do que escrevi vem de experiências que tive na infância que eu chamo de Samadhi, no linguajar meditativo. E poucos anos antes de Experiências com Ayahuasca.

Abraços.

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Na minha opinião, somos todos UM no sentido de a substância da consciência ser a mesma em todos. Se num rio houver um redemoinho, há ali uma movimentação da água num determinado sentido, isso seria a mente egóica que vê apenas de dentro de si mesma, com todos as experiências subjetivas moldadas pela movimentação 'aleatória' desse redemoinho. Mas o que há de igual entre todos os redemoinhos é essa substância da consciência, nesse caso da analogia, a água. Pense assim, a mesma consciência que você, eu e todos os animais temos em algum grau, é moldada pela movimentação da vida, temos características diferentes porque passamos por experiências de vida diferentes, temos genes diferentes, etc... Mas toda essa diferença não passa de anomalias no curso da corrente da mente, tanto é que você parte do pressuposto, quando conversa com outra pessoa de que ela também está experienciando uma percepção subjetiva da realidade, no cerne da existência daquela pessoa há algo a mais do que ação/reação causada por instinto, essa subjetividade experienciada é justamente uma 'característica' dessa unidade que se evidencia

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O que me parece ser verdade é que somos almas individuais de potência marginal.

Potencial marginal significa que ela pode tanto se manifestar individualmente através de uma consciência do ego, quanto se unir a consciência maior (Deus), aonde muitas almas estão conectadas assim como computadores estão conectados a Internet mais cada um ainda pertencem a um usuário. 

Compreende este raciocínio? Acho bem simples e bem confortante.

Parte dele é baseado nos ensinamentos dos monges vaishnavas os quais tem uma bagagem enorme de conhecimento transcendental. 

 

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Em 26/09/2023 at 16:27, Iogui disse:

Pense da seguinte forma:

Todo mundo tem defeitos e no nosso caminho de desenvolvimento, quando passamos a ter um mínimo de consciência, começamos a observar e perceber nossos próprios defeitos que se manifestam geralmente nos momentos de picos emocionais. Mas mesmos reconhecendo nossos próprios defeitos e, ainda sem conseguir dominá-los, somos capazes de nos amarmos compreendendo que não vamos nos tornar perfeitos do dia para a noite. Desta forma, conseguimos nos perdoar mesmo sabendo que ainda não conseguimos dominar completamente aquele defeito.

Da mesma forma, não é porque "somos todos um" que precisamos nos submeter àqueles que possuem má intenção ou nos forçar a estar na companhia daqueles que são maus. Nós podemos ter a consciência de que essas consciências também fazem parte do todo e, embora ainda estejam em condição evolutiva onde seus defeitos saltam à vista, dominando todos os seus instintos. Ainda assim, essas consciências fazem parte do todo e seus defeitos não são tudo o que elas são, apesar de assim nos parecer a uma primeira vista.

É preciso dar tempo ao tempo. Se você olhar dentro de uma perspectiva limitada de tempo, verá apenas naquele ser, o mal. Mas se você for capaz de ampliar a sua perspectiva em alguns séculos, verá que, provavelmente aquela consciência que parece má a sua vista, provavelmente não permanecerá assim.

Agora, enquanto essa consciência não atingir esse nível de evolução o suficiente que a possa separar dos ditos "maus", você não está errado em evitar o risco de estar ao alcance de suas maldades. Assim como é muito justo que evitemos as condições que mais facilmente nos fazem manifestarmos nossos defeitos enquanto conscientes de que ainda não os superamos. Desta forma, o alcoólatra deve evitar entrar num bar, o febril deve se abster do banho quente, e assim por diante.

Ou seja: o fato de reconhecermos que "somos todos um" não implica em sermos obrigados a abraçar com carinho o assaltante na rua visto que, assim o fazendo, estaríamos nos colocando em risco de tomar um tiro na cara ou uma facada no bucho. Não se deve confundir amor, consciência e compreensão com tolice. 

Somos todos um sim mas cada individualidade está no seu próprio caminho em direção à uma maior integração com o todo e tudo tem seu tempo de acontecer.

explicação perfeita @Iogui.  É um prisma que deveria ver com atenção.  Ao longo dos séculos, àquele Ser que aparentava a "maldade", pode mudar pela energia do novo tempo que vive. Um dia, todos nós já fizemos crueldades, mas também fizemos coisas boas. Somos filhos de Deus.  Essa perspectiva parece estar mais próxima de uma visão consciencial ilimitada.   Obrigado :-)

 

 

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3 horas atrás, Ashram disse:

explicação perfeita @Iogui.  É um prisma que deveria ver com atenção.  Ao longo dos séculos, àquele Ser que aparentava a "maldade", pode mudar pela energia do novo tempo que vive. Um dia, todos nós já fizemos crueldades, mas também fizemos coisas boas. Somos filhos de Deus.  Essa perspectiva parece estar mais próxima de uma visão consciencial ilimitada.   Obrigado :-)

 

 

uma coisa que me incomoda é quando o público julga uma situação ou indivíduo, como se fosse um rótulo.  Em verdade, somos uma complexidade de emoções e pensamentos. Então, não dá para rotular alguém como inteiramente sombra , entende?  Somos todos Luz e Sombra, onde em alguns indivíduos isso pende mais para um lado ou outro.  Porque alguém (mesmo que seja uma entidade) te rotulando com bom ou mal, isso não vai mudar a natureza daquilo que você foi feito.  Como filhos de Deus, todos temos uma chance de demonstrar nosso melhor lado.  

Para se sentir BEM CONSIGO mesmo , é necessário se conhecer para não cair nos rótulos que a sociedade faz de nós.  

 

 

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13 horas atrás, Ashram disse:

explicação perfeita @Iogui.  É um prisma que deveria ver com atenção.  Ao longo dos séculos, àquele Ser que aparentava a "maldade", pode mudar pela energia do novo tempo que vive. Um dia, todos nós já fizemos crueldades, mas também fizemos coisas boas. Somos filhos de Deus.  Essa perspectiva parece estar mais próxima de uma visão consciencial ilimitada.   Obrigado :-)

Se você prestar bastante atenção nas analogias que fiz ali, verá que  a principal lógica do raciocínio foi aplicar o princípio hermético da correspondência "O que está em cima é como o que está embaixo".

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