Recife, 30 de novembro de 2014
Olá, amigos.
Quem somos nós?
Essa é uma das perguntas mais feitas em todas as eras da humanidade.
Além de:
O que fazemos aqui?
Por que sabemos tão pouco?
Por que vivemos tão no escuro em relação a tudo?
O que é isso tudo acima da gente?
Por que a passagem por aqui é tão estranha?
Por que existe a morte?
Por que nascemos tão dependentes e aqueles que tiveram a sorte de conseguirem chegar até a idade avançada, também fica tão dependente?
O que a vida quer nos mostrar com isso tudo?
Por que temos que nos despedir dos que amamos, por vezes de forma tão injusta, tão cruel?
Essas são as questões que fizeram a base de inúmeras religiões.
A verdade é que somos frágeis.
Não temos controle de absolutamente nada.
Não sabemos quando, como e onde iremos ficar ou deixar alguém.
Não sabemos se iremos chegar.
Não entendemos o que fazemos aqui.
Não entendemos nem o que está dentro de nós, mal controlamos nossa personalidade.
Por que por vezes ficamos tristes?
Por que não conseguimos passar pelas coisas da vida?
Existem várias respostas prontas baseadas em estudos religiosos e/ou espirituais.
Sempre achei que não deveria responder isso, apesar de ter estudado e buscado de forma afinca essas respostas dentro de mim, sempre continuei questionando. Mas apesar das questões nos abrirem por vezes direcionamentos tristes, nunca me senti infeliz nesses pensamentos. Acredito que é melhor questionar do que procurar as respostas que parecem somente acalmar a mente para algo impossível de se saber, pelo menos no atual momento consciencial da humanidade.
A todo momento me pego em pensamentos e procuro ir fundo na observação. Isso ajuda abrir um pouco a pequena lucidez que sempre sinto em mim.
Esses dias fui ao enterro de um parente da família da esposa.
Anteriormente acompanhamos o sofrimento no hospital, a pessoa já em idade avançada, deixava a vida na melhor das hipóteses, foi envelhecendo até que chegou aos 94 anos e parou de andar. Até que algumas infecções a fizeram ir para o hospital e 3 meses depois, desencarnar. Mas em nenhum momento perdeu a lucidez, comunicação.
Lá estava eu em pé em meio há várias pessoas, em um dos muitos dos enterros que já fui e provavelmente outros que ainda irei, até que um dia chegue o meu e também algumas pessoas irão lá dar o último adeus a minha passagem física pela Terra.
E lá estava eu observando cada pessoa.
A forma como cada um se mostrava fragilizado. Não havia o que fazer, senão aceitar as coisas como elas são. Ninguém compreende direito por qual motivo um dia os seres que amamos vão sem que possamos fazer nada.
Olhava nos olhos de cada pessoa e via o tanto que refletiam. Alguns de cabeça baixa respeitavam, outros mais idosos eu percebia que também pensavam que não demoraria muito e seu dia chegaria. E não importa o quão forte sejam, todos um dia encontrarão a dona Morte, de um jeito, ou de outro…
E o que fazer?
Nos jogarmos numa religião com toda força?
Virar as costas e esperar chegar o dia?
Fingir que não existe a morte?
Qual seria o jeito certo de viver?
Não posso afirmar e não quero dar resposta pronta a mim e nem a ninguém.
Mas se existe uma coisa certa é essa:
Um dia sairemos daqui. Todos nós, cada ser que você observa ao seu redor sairá daqui e outros virão e provavelmente farão as mesmas perguntas como:
Por que sei tão pouco?
Por que não tenho poder sobre a vida?
Respostas prontas sempre virão para que acomode o coração, como:
É Deus!
Aceitar isso acalma e faz com que os seres possam dar uma certa significância às suas existências. Faz dar um relativo sentido.
Apesar de um projetor astral estar escrevendo dessa forma, é justamente assim que sempre penso e por isso não me acomodo em mim com as respostas prontas escritas e ditas por aí.
Frequentemente sento fora do corpo e fico observando o mesmo dormindo, como fiz essa noite passada.
Depois de começar a gravação da nova técnica projetiva usando o medo, novamente me levantei do corpo e fiquei observando o corpo pensando: O que é isso tudo?
Mesmo aqui fora(e muitas vezes duvido dessa capacidade), não sei de nada.
Observei meu corpo mais velhinho, mas gordinho dormindo. Ainda ouvia sua respiração forte, quase roncando e fortemente questionava tudo. Até que virei as costas e fui até a sala de casa procurar algum espírito para conversar, queria perguntar, questionar e ainda pensei em procurar a pessoa que havia desencarnado, mas mesmo vibrando e pensando fortemente nela, não consegui ver ou ir até lá. Até que pensei em ser útil e falei em voz alta: Ok, estou à disposição de algum projeto, não importa qual. E enfim uma resposta veio e me levaram para um local onde havia um rapaz precisando de ajuda energética, e assim fiz…
E por esse motivo procuro sempre divulgar as experiências extracorpóreas.
Não para que as pessoas busquem as respostas certas, mas para que elas não deixem de fazerem as perguntas certas, pois acredite, não irá ter as tão sonhadas questões resolvidas ao sair do corpo.
Eu continuo questionando e é isso que não me permite sentar e aceitar as coisas como elas são somente, mas buscar o mais fundo possível e dentro de mim.
De alguma forma nós nascemos por aqui para que possamos passar por algumas experiências, pois, a verdade é que somente uma vida seria muito pouco para aprendermos tudo que precisamos em TODOS os aspectos.
O que mais me impressiona é que quando me vejo fora do corpo eu continuo sendo somente como sou, exatamente do jeitinho torto que sou.
Com meus traumas, conflitos e também, as coisas boas que trago comigo.
Muitas vezes queria poder tirar uma foto, um SELF, ou levar a câmera dos FAQS e gravar o que vejo, sentar e gravar mostrando meu corpo babando adormecido, enquanto o observo, mas isso não é possível…
Tudo que posso fazer, enfim, é dizer as pessoas que elas devem sentir essa experiência, que elas devem buscar. Que cada experiência que temos nos reforça, nos acalma, nos faz ver a vida diferente.
E mesmo saindo do corpo eventualmente, quando deixo de sair por mais de uma semana todos os questionamentos voltam. Sim, preciso reforçar isso constantemente para não me afundar no corpo e nos problemas da vida.
Toda vez que volto do de uma experiência, por mais simples que seja, às vezes uma simples catalepsia projetiva, fico diferente. Acalmo meu interior e percebo que não devo me desesperar muito dentro do aquário da vida.
Continuo sem ter todas as respostas, por algum motivo elas não são me dadas, mesmo sabendo que a vida continua.
E você, o que faz por aqui?
Você se questiona?
Você observa o mundo?
Observa as situações?
Você vai fundo dentro de si mesmo?
Existe uma viagem que dá para fazer e é fantástica e por vezes, assustadora:
A Viagem dentro de si mesmo!
Não perca essa oportunidade por nada…
PS: Falta corrigir.
Comments 4
Nada mais viemos fazer aqui no corpo do que ganhar a nossa alma, ganhar luz própria, crescer em espírito, mas como isso é difícil; derrubar as barreiras que nosso ego construiu tão pertinazmente durante tanto tempo. Derrubar as barreiras para encontrar quem somos realmente, somos bichinhos tão indefesos criancinhas birrentas que muitas vezes precisa apanhar para aprender a crescer com segurança.
A vida não acaba, a morte é apenas um renascimento para uma vida mais plena em alegria ou em tristeza, isso vai depender muito do que temos pensado e realizado durante a nossa vida na terra.
Estamos em um nível, em que a nossa consciência esta constantemente nos alertando sobre nossos atos mais insignificantes, e como isso é difícil, saber que se faz o mal, mas também que somos responsáveis pelo bem que fazemos, temos que nos posicionar, não temos mais alguém nos dizendo oque fazer , temos que tomar nossas próprias atitudes.
Muito bom , este comentário é o que penso as vezes e como você bem o diz sem as respostas certas embora as perguntas o sejam.
Abraços amigo.
Sempre que assisto seus FAQS, me vejo um pouco, agora lendo seus questionamento vejo que não sou ET pois no meio em que vivo, vejo pessoas simplesmente aceitando tudo com naturalidade e me questiono será se sou muito burra e não entendo o obvio ou tô fora do contesto. Saio fora do corpo desde menina e sempre me pego questionando, duvidando, as vezes faço até cobrança e desafios, hoje vi que não sou burra nem ET, louca até posso ser, mais tem outros como eu. Forte Abraço.
Maravilhoso! Você fala o que eu sinto! Também não me canso de perguntar e buscar respostas!Mas alguma coisa dentro de mim me diz que, um dia, vamos ter todas as respostas!